
“Ele não comete muitos erros. Ele parece entender quando os pacientes estão para morrer”, disse Dr. David Dosa em uma entrevista. Ele descreve o fenômeno em um artigo para o New England Journal of Medicine.
“Muitos membros familiares se consolam com isso. Eles estimam a companhia que o gato dá ao seu parente que está morrendo”, disse Dosa, geriatra e professor assistente na Universidade de Brown .
O gato de dois anos foi adotado quando filhote e cresceu no terceiro andar a unidade de demência no asilo Steere House Nursing and Rehabilitation Center. O local trata pessoas com Alzheimer, Parkinson e outras doenças.
Depois de seis meses a equipe notou que Oscar criava suas próprias rondas, assim como médicos e enfermeiros. Ele cheira e observa os pacientes, então senta ao lado de pessoas que morrerão em algumas horas.
Dosa diz que Oscar parece levar seu trabalho a sério e é geralmente reservado. “Esse gato não é amigável com as pessoas”, ele disse.
Oscar é melhor ao prever a morte do que as pessoas que trabalham lá, disse a Dra. Joan Teno da Universidade de Brown, que trata pacientes no asilo e é especialista em tratar pacientes em estado terminal.
Ela estava convencida do talento de Oscar quando ele fez sua 13ª previsão correta. Enquanto observada um paciente, Teno disse ter percebido que a mulher não estava comendo, respirava com dificuldade e suas pernas estavam azuladas, sinais que comumente indicam que a morte está próxima.
Mas Oscar não queria ficar no quarto, portanto Teno achou que o gato não “funcionava” mais. Porém ocorreu que a previsão da médica estava dez horas adiantada. Em tempo, durante as horas finais do paciente, as enfermeiras disseram para ela que Oscar juntou-se à mulher ficando ao seu lado.
Os médicos disseram que a maioria das pessoas que recebem a visita do doce gato cinza e branco estão tão doentes que possivelmente não sabem que ele está ali, portanto não ficam conscientes dos seus destinos. A maioria das famílias fica agradecida pelo aviso, porém uma pessoa quis que Oscar saísse do recinto enquanto o familiar morria. Quando Oscar foi retirado ele andou e miou descontente.
Ninguém está certo se o comportamento de Oscar é cientificamente significante ou aponta para alguma causa. Teno imagina se o gato não notaria aromas específicos no ar ou algo no comportamento dos enfermeiros que o criaram.
Nicholas Dodma, que dirige uma clínica de comportamento animal na Tufts University Cummings School of Veterinary Medicine e leu o artigo de Dosa disse que a única maneira de saber seria documentar cuidadosamente como Oscar divide seu tempo entre os vivos e os moribundos.
Se Oscar é realmente um ceifador peludo pode ser que seu comportamento seja guiado por prazeres egoístas como um cobertor aquecido que é colocado na pessoa moribunda, disse Dodman.
A equipe do asilo não está preocupada em explicar o comportamento do gato enquanto ele continuar dando às famílias uma chance melhor de dar adeus aos seus parentes.
Oscar recentemente recebeu uma placa na parece do local homenageando-o por sua “compaixão e cuidados hospitaleiros”.
Fonte: TecnoCientista