Ela andava sozinha pela rua, despreocupada, viajando em seus pensamentos, como qualquer outra garota da sua idade. Afinal, com doze anos uma garota não tem muito com o que se preocupar, além de suas relações com suas amigas, com seus irmãos, seus pais.
Ele vinha andando, sem um rumo certo. A vida nunca foi justa com ele. Nunca teve oportunidades de ter uma vida boa. Família pobre, mal conheceu o pai. Sua mãe nunca esteve presente, sempre trabalhando fora para sustentar os filhos.
A garota vem da escola, carregando sua mochila rosa. Cabelos presos num rabo de cavalo. Suas roupas simples e infantis deixam os braços e pernas à mostra.
A cabeça do rapaz é confusa, ele não consegue concluir nenhum raciocínio que faça sentido. Qualquer um que pudesse ler seus pensamentos ficaria irritado pela forma estúpida como ele compreende a realidade ao seu redor.
A garota avista o rapaz. Ele não é nada bonito para um rapaz jovem. Ela sente repulsa, mas como toda garota educada, sorri quando encara uma pessoa, mesmo desconhecida. Já viu o rapaz passando muitas vezes, mas não sabe quem é.
O rapaz está acostumado a ser maltratado, raras são as vezes em que alguma gentileza é direcionada à ele.
O sorriso da garota, desperta uma atração instintiva, que o faz querer mais. Ele sorri de volta, mas ela não responde. Baixa a cabeça e segue seu trajeto se afastando dele.
Não é a primeira vez que ele à vê. Tão pequena e frágil, não poderia ir muito longe se ele não quisesse. Em sua mente, uma enxurrada de pensamentos sádicos começa a preencher seu raciocínio. Sem muito a perder, e acostumado a ser rejeitado, ele cria coragem:
- Oi mocinha! Vem aqui! Deixa eu te mostrar uma coisa!
Ela se assusta, e acelera o ritmo dos seus passos.
O rapaz dá alguns passos na direção da garota, que se assusta ainda mais e começa a correr. Ele sabe que se correr também, vai chamar atenção e estragar tudo, então resolve disfarçar e ficar rondando pela rua até ter um momento mais oportuno.
Chegando em casa ofegante, a garota chama a atenção dos parentes. Conta o que aconteceu, e desperta a ira dos tios, mãe e primos, que já estavam irritados por ver o rapaz estranho rondando a rua.
Rapaz estranho, sempre sujo, não conversa com ninguém. Não estuda e não trabalha, certamente está em busca de confusão.
A ira de uma pessoa pode ser contida pela razão, mas quando um grupo de enfurece, somente o gosto de sangue ou de vinho é capaz de fazer a irá se esvair.
O rapaz se espanta com a aproximação das pessoas. Está acostumado a ser mal-visto, mas desta vez os olhares não expressam desprezo, mas ódio!
Eles batem primeiro e explicam depois. Ele não tem tempo para se explicar. Está caído no chão, sangrando.
Não importa que ele não reaja, não importa o quanto implore, eles não parecem sentir nenhuma empatia por ele.
...
Quando a polícia chega ao local, encontra um corpo inerte. Sangue e ossos quebrados, ninguém pode ser acusado...
A única vítima foi a mãe do rapaz, que trabalhava enquanto seu filho fechava os olhos pela última vez.
Ele vinha andando, sem um rumo certo. A vida nunca foi justa com ele. Nunca teve oportunidades de ter uma vida boa. Família pobre, mal conheceu o pai. Sua mãe nunca esteve presente, sempre trabalhando fora para sustentar os filhos.
A garota vem da escola, carregando sua mochila rosa. Cabelos presos num rabo de cavalo. Suas roupas simples e infantis deixam os braços e pernas à mostra.
A cabeça do rapaz é confusa, ele não consegue concluir nenhum raciocínio que faça sentido. Qualquer um que pudesse ler seus pensamentos ficaria irritado pela forma estúpida como ele compreende a realidade ao seu redor.
A garota avista o rapaz. Ele não é nada bonito para um rapaz jovem. Ela sente repulsa, mas como toda garota educada, sorri quando encara uma pessoa, mesmo desconhecida. Já viu o rapaz passando muitas vezes, mas não sabe quem é.
O rapaz está acostumado a ser maltratado, raras são as vezes em que alguma gentileza é direcionada à ele.
O sorriso da garota, desperta uma atração instintiva, que o faz querer mais. Ele sorri de volta, mas ela não responde. Baixa a cabeça e segue seu trajeto se afastando dele.
Não é a primeira vez que ele à vê. Tão pequena e frágil, não poderia ir muito longe se ele não quisesse. Em sua mente, uma enxurrada de pensamentos sádicos começa a preencher seu raciocínio. Sem muito a perder, e acostumado a ser rejeitado, ele cria coragem:
- Oi mocinha! Vem aqui! Deixa eu te mostrar uma coisa!
Ela se assusta, e acelera o ritmo dos seus passos.
O rapaz dá alguns passos na direção da garota, que se assusta ainda mais e começa a correr. Ele sabe que se correr também, vai chamar atenção e estragar tudo, então resolve disfarçar e ficar rondando pela rua até ter um momento mais oportuno.
Chegando em casa ofegante, a garota chama a atenção dos parentes. Conta o que aconteceu, e desperta a ira dos tios, mãe e primos, que já estavam irritados por ver o rapaz estranho rondando a rua.
Rapaz estranho, sempre sujo, não conversa com ninguém. Não estuda e não trabalha, certamente está em busca de confusão.
A ira de uma pessoa pode ser contida pela razão, mas quando um grupo de enfurece, somente o gosto de sangue ou de vinho é capaz de fazer a irá se esvair.
O rapaz se espanta com a aproximação das pessoas. Está acostumado a ser mal-visto, mas desta vez os olhares não expressam desprezo, mas ódio!
Eles batem primeiro e explicam depois. Ele não tem tempo para se explicar. Está caído no chão, sangrando.
Não importa que ele não reaja, não importa o quanto implore, eles não parecem sentir nenhuma empatia por ele.
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Quando a polícia chega ao local, encontra um corpo inerte. Sangue e ossos quebrados, ninguém pode ser acusado...
A única vítima foi a mãe do rapaz, que trabalhava enquanto seu filho fechava os olhos pela última vez.
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